sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Drummond

Quando tudo era fácil, eu tratava de complicar. Complicava tudo, mesmo quando a situação só exigia um simples empurrão. Sentava ao lado da cadeira dela, ainda no primário, e ficava calado. Sempre fiz questão de ser atrasado, retardado, complicado.
Hoje, dez anos depois, a situação se repete. Eu teimo em complicar, não ver, seguir cegamente amarrado em meus próprios temores.
Enfim, sou um sujeito chato e massante. Sou cheio de manias inexplicáveis e, desde que comecei a frequentar a escola, faço tudo dar errado só para ter o prazer de achar soluções.
Já perdi coisas, pessoas e sentimentos por causa disso. Poderia ter dado certo, mas eu sempre estrago.
Dessa vez, eu até comecei bem. Não me envolvi, bancava o espertinho e não demonstrava sentimento. Isso mesmo.
Em um dado momento, um desses que a gente não se reconhece, eu comecei a fazer tudo desandar e não busquei melhoria alguma.
Mas, mesmo com todos esses atropelos e loucuras, eu aprendi que mais vale simplificar.
Assim mesmo, sem muito arrodeios, como diria Drummond: ''Amar se aprende amando!''

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