domingo, 22 de fevereiro de 2009

sem nariz, pulmão ou barrulho de mar

a sequência garfo/nuda fez a noite de ontem muito mais feliz. um ano de espera, desde o último show dos pernambucanos.
é. não vou falar sobre as drogas, nem sobre as possibilidades que não se concretizaram. sou simples, me contento com pouco. apesar de tudo, comi bem e ouvi música boa.
as guitarras continuam marcantes e os barulhos vindos do amarrado de conchas/metais fez com que o mar surgisse logo ao lado.
só tenho a agradecer pelo set list e pela atenção. scalia com seu jeitão meio lento, e seu bigode. e o desejo é o de sempre, voltem!

e se eu fui muito breve, ou repetitivo, perdão. não consigo escrever mais, por conta da dificuldade de respirar. vou passar a usar o nariz somento para isso, prometo.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

duns

qualquer
muda que
bem me mude e além

seja a anti-flor

menos cor
mais quem

sábado, 7 de fevereiro de 2009

oposição ao verbo ser

A maioria das perguntas que eu poderia fazer já é respondida no próprio ato de perguntar. São fatos e pensamentos que se encaixam muito bem, a partir de um silêncio matador.

Escrever assim, com a visão meio turva e ouvindo coisas agradáveis. Fica fácil.



domingo, 1 de fevereiro de 2009

Texto pessoal para Pelé interpretar

Nada que seja especialmente feito pra você. É a parte que complementa o recado, aquele que não foi entendido.
A instrumentalidade aplicada nos atuais dias fez com o que o silêncio prevalecesse. Ser mais brando, ameno e quase que plenamente sóbrio. A lucidez fica em segundo plano, ao me levantar por conta do tédio. Volta ao plano inicial quando eu retorno com cara de sono e andar meio atrapalhado.
Falar pouco, naturalmente e sempre sem explicar a coisa por completo. É isso mesmo.
Denotar certa animação estando sóbrio nunca foi meu forte.
A coisa se encaminha para um lado meio diferente do esperado. Falo por mim, é claro.
É uma escuridão meio iluminada, sabe como é?
Sem saber por onde seguir, eu tento ir tateando. Olhos arregalados e a azia se fazendo presente. Mas, você sabe, nessas horas é melhor o silêncio. Apuram-se os ouvidos, a atenção e é preciso fazer o que não se quer fazer, por amizade.
Apesar de começar meio torto, chegar tarde nunca foi um dos meus piores defeitos.
Caminhar no tempo que bem entender.
Devagar, constante e sabendo lidar com os ventos contrários. Obrigado, gaivota!