segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

cerveja e ejaculações

sem perder a tal ternura, ou o brilho nos olhos, eu sigo cada vez mais idiota e sem fígado. por não ter nada a fazer, eu bebo. ao beber, as lembranças boas e ruins começam a aflorar. a esperança, o apego idiota ao que existe na imaginação... o meu grande amigo que não bebia, mas começou a beber. imagino a cena se concretizando, nós nos empaturrando de cerveja e uma grossa camada de fumaça cobrindo a sacadinha do meu apartamento. as mulheres, a volta para a cidade natal, as viagens...
aqui as coisas demoram a acontecer, ninguém tem muita pressa. a cerveja é gelada e o sol é muito forte, muito mesmo.
a marginalidade, na sua parte mais escrota.
a vida se resume a ler, beber e sonhar com um emprego que renda algo melhor. terminar a faculdade, fazer uns cursos a mais, dar aulas. escrever, beber mais e ir levando. morrer com cabelos e sem fígado. é, sem qualidade de vida ou barriga definida.
sobre a tal qualidade de vida, pode ser que mude daqui a pouco de idéia. e sobre as mudanças na gramática, ainda não as adotei. sou antigo.
e é mesmo um circo esse negócio de viver.

2 comentários:

Júlio . disse...

tá todo mundo no mesmo barco.
saudade grande, amigo.

Guilherme Toscano disse...

conte comigo, amigo.