domingo, 3 de junho de 2007

Nuvens sobre o seu quarto

É tão difícil saber o quão estou certo ou errado, é complicado e desconexo. Ouvir músicas e falar sobre isso já não basta, é preciso um pouco mais de força, um pouco mais de atenção. Enquanto eu ainda choro, o objeto do choro vai desaparecendo vagarosamente do meu mundo.
''A batida de fundo, a conversa que corre na rua é que o fogo no seu coração está apagado. Tenho certeza que você ouviu isso tudo antes, mas você nunca realmente teve uma dúvida. Eu não creio que alguém sinta-se do modo como eu me sinto a seu respeito neste momento.''
É difícil, mas a recomendo a mim mesmo certas coisas. Recomendo-me a não olhar para trás e sentir raiva, ou qualquer sentimento que valha ser esquecido.
Sim, eu tenho noção de como, e com quem, estou me envolvendo. Também tenho certeza que, em nenhum momento, qualquer arrependimento será válido ou justo.
''E todas as estradas que conduzem até você eram
sinuosas, e todas as luzes que iluminam o caminho estão cegando. Existem muitas coisas que eu gostaria de dizer para você, mas eu não sei como...''
Assim como lá, aqui também moram incertezas. Mas, em momento algum, morou o medo. Medo, de quem? Não temo ninguém, a não ser eu mesmo.
Então, veja que o passado já é só mais uma página e que o futuro não pode ser escrito da mesma forma. Que o erro, mesmo tendo sido tão errante, foi embora como uma nuvem negra e o presente é muito mais limpido e cristalino.

Um comentário:

Nayla de Sá disse...

André,você é O cara.

Escreve bem para caralho.

Conseguiu transmitir minha dor nesse texto.

Abraço de amiga