sábado, 26 de maio de 2007

Maldita Cidade

Essa cidade, fria e seca, reluz um momento diferente.
Tudo aqui é meio distante e causa medo, mas é novo. O novo é sempre cheio de surpresas e sustos, mas é novo.
Não sei muito bem o que quero dizer, mas sinto uma enorme vontade de desentalar um nó que anda preso ao meio peito, que acompanha-me há uns meses.
Os dias, com o nó, são doloridos e demoram a correr.
Hoje, sentado em um bar, o nó me apertava e fazia meu peito doer cada vez mais. Eu pedi ajuda, mas foi em vão. Tentei tragar um cigarro, mas ele só se fez pior. A bebida piorava tudo, o sono fazia da minha estada naquele local algo sufocante e desesperador.
Falo de dor corporal, coisa simples.
A alma, e todo o interior, vai bem. Não tão bem, mas as coisas ajeitam-se com o tempo.
Com todo esse frio, essa impureza desorganizada,e tudo mais que a solidão me faz lembrar, me despeço.
E, que amanhã possa ser menos insuportável que hoje.

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