quinta-feira, 14 de maio de 2009

Nobody fucks with the jesus, bandeco!

Um dia, lendo o Henry Charrier, tive vontade de ser francês, de ser acusado de homicídio e de ser degredado para a Guiana Francesa, só pra escrever um livro verdadeiramente emocional e real. Mas, sinceramente, desisti.
O que ficou do Papillon foi o velho costume de todos os anos repetir o mesmo ato: analisar o ano que passou em um texto, em todos os aspectos. Se você que lê esse blog com freqüência espera algo sobre as inesperadas fodas sem camisinha, tire o seu queixo da janela. O que você vai ler é bem menos perigoso.
Desde que terminei meu primeiro e único namoro a vida ficou mais interessante, mais corrida. Passei a fumar mais, e passei também a cagar sempre no mesmo horário: depois do jantar. Sento no trono, pego o exemplar mais novo do Tex e acendo um cigarro. Fico ali por horas. Depois levanto, tomo banho e escovo os dentes. Meus dentes, por sinal, estão bastante brancos e certinhos, apesar de tanta fumaça. E todo o meu corpo está bem. Deixei de fazer a barba com tanta regularidade, e isso foi pensado. Com a barba eu geralmente sou mais centrado, e fiz isso por conta das provas de Penal. Penal é uma matéria complicada, ainda mais quando se tem uma professora que fica fazendo piadinhas sobre usurpação.
Ando também me dedicando ao meu projeto de pesquisa, que não deve sair esse semestre. Ando me dedicando tanto que o prazo foi excedido. Mas, o que se pode fazer, não é? Eu preciso das minhas horas de folga noturna para ler algo de qualidade e fumar meu cigarro. Um homem precisa ter, pelo menos, o direito de defecar em paz. E isso eu prezo!
Ok, voltemos ao corpo e suas configurações internas. Não é agradável falar sobre merda o tempo inteiro.
Ando bastante, evito pegar ônibus. E isso me faz encontrar muita gente pela rua, observar melhor as placas e lugares e ainda me mantém em forma. Maravilha!
De vez em quando acontece alguma coisa mais excitante, como hoje. Entrei na sala de Civil, depois de ter sido mandado até a DocCenter, e fui recebido com um sonoro “parabéns pra você/nessa data queriiiida!/muitas felicidades, muitos anos de viiiida!”
Todos cantando, inclusive o professor. O mesmo que rejeitou meu projeto de pesquisa inicial. Viado de merda!
Ao chegar em casa, dei uma conferida na caixa de correspondência e haviam duas cartas, uma era uma cobrança, e a outra a uma fatura da Unimed. Voltei até a portaria, puxei assunto com o porteiro, e assim ficamos por vinte minutos falando sobre a formação da defesa do Atlético Clube Goianiense. Depois de tudo isso ele diz: - Opa, tem uma carta aqui que não coube na caixa de correio. Olha só!
De longe eu li um “Sgorla”. Dei um soco contido no ar, trincando os dentes. Sensacional. Não disse nada a ele, só peguei a carta, sentei no chão e comecei a revirar as folhas. Só existe uma sensação melhor, o cigarro após a cagada regada à Tex.
É, amigos. É isso. Vinte anos sem morrer não é pra qualquer um, bandeco!
E se você mora em Goiânia, apareça sábado na pastelaria.
Beberei em nome dessa vida que te dá tapa na cara, te joga no vala e depois de sorri com um sorriso largo.
E o desejo continua, manhãs melhores!

p.s: falando em mulheres sensacionais, você conhece a mulher com o maior físico do mundo? hahaha. é portoriqueña, posso garantir.

3 comentários:

camilacorado disse...

'e quem disse que caramujo não tem coração?'

e pare de ler tex, é de velho-oeste, velho. parabéns.
:)

.tê disse...

hahaha e num é que as suas merdas geram leituras muito boas.

Tahiná-Khan disse...

dizem que é goiana. (hahaha, ta bom eu só li o finalzinho do texto)