aqueles olhares mais que fraternos. aquele jeito de saber o que o outro pensa, sente e vai falar. sabe como é? tudo melhora, tudo mesmo.
noites comemorativas, na escadinha do mercado, com pingorante de meio grapete, entende? amigos antigos, estudiosos, viajantes... amigos. os dreads, a calvice anunciada do programador frustrado, que virou cientista político, o pé torto do futuro ''adêvogado'', a saudade de uns, a alegria de outros.
no caminho de casa, a conversa em espanhol com o viajante. é pena, mas fazemos isso bem pouco.
seremos boas pessoas, com certeza.
um será professor, o outro também. e o outro, se sobroviver ao mundo caótico, também. seremos apreciadores de bons charutos, teremos belas esposas, filhos correndo no jardim e um belo carro, pra não ter que correr até o posto mais próximo e comprar passagens de ônibus.
se não fosse a saudade, eu diria que tudo está perfeito.