quarta-feira, 28 de novembro de 2007

medo de avião

acontece, assim meio que sem querer. vem de dentro, das entranhas, do mais interno e escondido sentimento. querer, eu quero. lutar por isso, é o que pesa. sabe como é?
se tudo fosse assim, como na música, seria tudo mais fácil. as coisas vão indo, andando, caminhando, seguindo, acaba-se tudo.
as marcas de feridas posteriores já saltam, como se fossem reais. é o medo. é esse sentimento, que mesmo estando escondido, faz tudo sangrar e acaba sendo fundamental.
aí, nessa hora, fala-se: ''eu tô dando tudo de mim, eu juro que tô!''
meio de que imediato, ouve-se: ''não exagere.''
sabe como é, né?
ser importante, ter mil obrigações, ter a obrigação de causar sensações boas. acho que, bem no fundo, é isso que me afasta. mesmo não sendo minha vontade, isso funciona como um efeito magnético. uma coisa repulsiva, entende? é só armar um esquema físico. eu, a obrigação e a distância. a obrigação é proporcionalmente igual ao aumento da distância. fui claro?
mas, em se tratando de dilemas físicos, há uma solução.
seja leve, suave e entenda essas falhas. seja mais veloso, mais buarque, mais regina, mais jobim. deixe levar, que uma hora tudo acontecerá. tudo em seu tempo, calmamente e sem muita gritaria ou alarde.
por falar em gritos, por favor, não grite. se gritar, eu corro. se fizer alarde, eu pulo.
consegue me entender?
não é por falta de sentimento, é justamente o oposto. é muita coisa, pouco tempo, muita pressão. e, assim como o barulho e o alarde, eu odeio a pressão.
pode ser só mais um devaneio, mas é assim que se chega em um ponto comum. não é? consegue entender? é falando, escrevendo, tomando café e tendo vontade de fumar que se chega ao tão desejado acerto.
então, por fim, estamos acertados? tudo bem?
veja, é simples. apesar de tão longe e, ao mesmo tempo, tão cheio de voltas, é simples.
e, só mais um pedido, continue tendo os mesmos olhos infantis.

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